Hoje falamos-lhe sobre as tendências de RH para 2023. Afinal, o novo ano está mesmo aí e é importante, para nós, do sector de Recursos Humanos e da gestão de Pessoas saber o que nos espera. Confira, então, as grandes novidades ou solidificação de estratégias de RH.
1. O reforço da tecnologia nos RH
Sem dúvida que o uso de ferramentas tecnológicas já faz parte da vida de qualquer gestor de Recursos Humanos – que seriamos nós, sem telemóveis, email ou Internet.
Contudo, há ainda muito por explorar no que de novo há na tecnologia. Nesse sentido, destacamos:
- Metaverso nos RH: Cada vez mais usado pelas camadas mais jovens, o metaverso é um mundo virtual que replica o real através da internet e de ferramentas de realidade virtual e de realidade aumentada. Funciona como um mundo paralelo e crê-se que, no futuro, muita da nossa vida passará por lá – da forma como comunicamos, ao modo como nos promovemos e divulgamos serviços. Logo, não será uma surpresa se virmos, no futuro, profissionais de RH no metaverso, a recrutar e a promover as suas empresas ou a explicar como funcionam o seus serviços – como fez recentemente a Vodafone?
- Inteligência Artificial nos RH: O que acha de ter funcionalidade de Inteligência Artificial a selecionar e a comparar currículos, facilitando o seu trabalho? A verdade é que a Inteligência Artificial pode revelar-se valiosíssima nos RH e ainda há muito para explorar – veremos o que nos vai trazer 2023!
2. Semana de 4 dias de trabalho
Depois da Suécia, mais países se têm juntado em projetos-piloto para testar a semana de trabalho de 4 dias. Ainda recentemente, foi anunciado para 2023 o projecto-piloto da semana de 4 dias em Portugal.
Ao que parece empresas, governos e vários organismos – e os próprios colaboradores – parecem cada vez mais alinhados em tornar os 4 dias laborais numa realidade e, esses movimentos, serão uma forte tendência de RH em 2030.
3. Reforço do modelo híbrido
Indiscutivelmente, a pandemia mudou a forma como trabalhamos. Depois do trabalho remoto, muitas empresas parecem encontrar no modelo híbrido a forma de trabalho mais equilibrada. Contudo, isso significa por parte de todos definir modelos de gestão e de liderança para contribuir para uma maior produtividade e, simultaneamente, satisfação dos colaboradores.
Por isso, compete aos gestores de RH e às chefias definirem modelos híbridos ativos, capazes de satisfazer e reter talentos, potenciando a autogestão dos seus trabalhadores.
4. Diversidade, inclusão e sustentabilidade
Questões relacionadas com a diversidade, inclusão e sustentabilidade nos RH não são – nem parecem ser – modas passageiras. São preocupações reais que já entraram na cultura organizacional de muitas empresas e que os colaboradores esperam – e querem – que sejam levadas de forma séria, tendo-se já revelado como ferramentas valiosas na hora de elevar a inovação e a produtividade.
Tal obriga os profissionais de RH em 2030 não só a fomentar uma cultura mais virada para os valores da companhia, como em recrutar talentos que sejam um reflexo destes princípios, enquadrando-se nesta lógica.
5. Valorização das soft skills
Um estudo recente da Deloitte revela que as soft skills representarão dois terços dos trabalhos até 2030. Sendo que quando falamos de soft skills, nos referimos a características como:
- Inteligência emocional;
- Capacidades de comunicação – comunicação não-violenta, clareza, …;
- Confiança;
- Empatia;
- Motivação e foco;
- Espírito de equipa);
- Versatilidade e flexibilidade;
- Resiliência;
- Criatividade;
- Ética;
- Skills de negociação;
- Etc.
Isto significa que não só os Gestores de Pessoas terão de se focar mais nestes aspectos durante o Recrutamento, como criar políticas internas para valorizar os profissionais que já detenham essas características ao mesmo tempo que criam programas e cursos para que outros colaboradores as desenvolvam.
6. A liderança em 2030
Algumas das soft skils que referimos anteriormente – ética, empatia, etc. – fazem parte daquilo que se espera de um líder em 2030.
Cada vez mais se discute o tipo de líder que cada um deve ser, assim como técnicas de gestão eficiente. Uma coisa é certa: e é clara a sua responsabilidade na hora de motivar e agregar colaboradores.
Aprimorar as suas características, tornando os líderes mais autênticos e acessíveis será sem dúvida um dos grandes desafios de RH em 2023.
7. Apostar na especificação dos RH
Tornar o trabalho e a empresa mais atrativos é possivelmente um dos maiores desafios de RH para o próximo ano, aliás anos. Tal implica não só apostar mais em benefícios e compensações que vão ao encontro daquilo que os trabalhadores realmente querem, como apostar mais na capacitação dos líderes e modelos de trabalho. A par disso, também o bem-estar laboral, assim como a saúde (mental e física) é cada vez mais importante é tido em conta nos dias de hoje.
Deste modo, cada vez mais, o trabalho dos RH não se vai limitar ao recrutamento ou aos contratos e pagamentos. Espera-se que, nas organizações onde trabalham, os profissionais de RH e gestores de Pessoas tenham papéis cada vez mais activos, mas também específicos e definidos.
E desse lado, o que acha que 2023 vai trazer?