Muitas vezes a saúde é vista como a simples ausência de doença no indivíduo, porém ser saudável vai mais além de não possuir uma doença. Ser saudável implica uma plenitude de bem-estar físico, mental e social, que por sua vez é influenciada por factores individuais e de interação humana.
Entre os vários factores de interação humana/sociais que afectam o estado de saúde do indivíduo, o local de trabalho é sem dúvida determinante, devido ao seu impacto físico e emocional.
Durante o exercício das diferentes actividades laborais, o trabalhador pode ser exposto a vários tipos de estresses físicos e emocionais que actuam lentamente no individuo, alterando o seu bem-estar, potencialmente comprometendo o seu estado de saúde.
Nos últimos anos, a consciência do impacto das actividades laborais na saúde de trabalhador, tem crescido grandemente e despertado cada vez mais atenção, não somente das empresas e dos trabalhadores, mas também do governo e órgãos reguladores, no sentido de promover políticas e mecanismos de suporte a gestão de saúde.
Gestão de saúde no local de trabalho
A gestão de saúde no local de trabalho, consiste em entender o risco e minimizar o seu impacto. A compreensão do risco inicia com o do reconhecimento ou mapeamento por parte do empregador dos possíveis factores de risco com potencial para causar dano à saúde. Este processo de mapeamento de factores é acompanhado de seguida da quantificação do possível nível de exposição esperado tendo em conta a duração da actividade. Por sua vez, a minimização do impacto baseia-se na implementação de medidas desenhadas para reduzir o efeito dos diversos factores a longo prazo.
O conceito de gestão de saúde do trabalhador tem como objectivos principal reduzir ao máximo as chances do local de trabalho e as actividades nele desenvolvidas, se apresentarem como responsáveis pela depreciação da saúde do trabalhador.
Cada vez mais, as empresas têm assumido um papel activo na prevenção de doenças associadas ao local de trabalho. Primeiramente, por questões humanas a preservação da vida em qualidade é primordial e segundo, porque trabalhadores saudáveis são muito mais produtivos e possuem um nível mais baixo de absentismo.
Importa também referir que com as constantes mudanças que o mundo enfrenta, especial atenção se deve dar a programas que promovam a gestão da saúde mental dos trabalhadores, para além da gestão da saúde física, isto porque a saúde mental dita o senso de bem-estar e qualidade de vida.
Promover a saúde dos trabalhadores
Ter um ambiente de trabalho que promove a saúde do trabalhador é crucial para qualquer instituição que deseja crescer de forma sustentável e deseja igualmente manter os seus colaboradores saudáveis e produtivos por longos períodos.
Para ser eficaz, a gestão da saúde deve ser feita de forma partilhada, entre o colaborador e a instituição, de modo que ambas as partes entendam como alcançar o objectivo final que é a preservação da saúde do trabalhador.
- Cabe a instituição dar a conhecer ao trabalhador os factores de risco inerentes à sua actividade, como se proteger dos mesmos. É igualmente responsabilidade da instituição promover um ambiente de trabalho onde os riscos à saúde são controlados até níveis cujo impacto é mínimo.
- Por sua vez, ao trabalhador cabe cumprir fielmente com as medidas implantadas e reportar possíveis falhas ou oportunidades de melhoria nos sistemas implantados.
Dependendo das actividades desenvolvidas em determinada instituição, a exposição aos diferentes factores de risco, pode ser eliminada ou controlada a níveis extremamente baixos, tornando os riscos inofensivos a saúde.
Assim sendo a aposta na implementação de sistemas de gestão de saúde personalizados a cada sector laboral é sem dúvidas o caminho para a promoção do bem-estar e progresso dos indivíduos e da sua família.