Com o regressar das viagens de negócio a índices pré-pandémicos, imagine que ocorre, algures no mundo, um incidente inesperado com um dos seus colaboradores. As questões que se colocam: a empresa sabe exatamente onde se encontra o colaborador? Seria possível, em minutos, determinar quem foi, se está em segurança ou se está a precisar de assistência?
De acordo com um estudo realizado, em outubro de 2019, pelo BTN Group para a SAP Concur, a segurança e o bem-estar são das principais preocupações dos responsáveis de HR. No futuro, a segurança dos colaboradores e o dever de assistência tornar-se-ão ainda mais prioritários. As empresas irão analisar dados, sistemas, processos e procedimentos para determinar como podem melhorar a sua capacidade para garantir uma maior segurança dos seus funcionários em caso de imprevisto. Os RH continuarão a desempenhar um papel importante neste processo.
À luz dos recentes acontecimentos mundiais, a segurança dos business travelers é uma legitima preocupação – estar em ambientes potencialmente imprevisíveis é “agora mais fácil” e por isso devem estar em posse de informações-chave ao nível de segurança e com a serenidade inerente de que a sua entidade empregadora atuará em caso de emergência.
Business Travelers: O dever de assistência das organizações
A responsabilidades do dever de assistência abrange vários departamentos, incluindo recursos humanos, corporate travel, segurança e jurídico, o que pode significar muitas zonas cinzentas e uma potencial confusão em torno de quem é, em última análise, responsável pelo cumprimento desta necessidade. Para além das questões de protocolo, existe uma falta de educação e sensibilização no que às ferramentas disponíveis para os colaboradores diz respeito ou para a forma como estes devem reagir em caso de incidente. A maioria das vezes, o viajante não recebe, em antecipação, informações da viagem ou informações de contacto locais para serviços de assistência médica e de segurança. É essencial que estas informações sejam partilhadas previamente a uma deslocação.
O dever de assistência é uma obrigação da empresa para garantir a segurança e proteção dos seus colaboradores, e os profissionais de RH podem tomar medidas para ajudarem a reduzir os riscos e a garantir a sua segurança:
- Desenvolver uma política de segurança coesa e abrangente – uma política abrangente de segurança no local de trabalho exige que equipas de gestão de risco, RH e de corporate travel trabalhem em colaboração de forma a alinharem os programas de risco associados à segurança nas viagens e no local de trabalho.
- Educar os colaboradores para recursos e procedimentos. Um dos principais papéis dos RH é fornecer, aos colaboradores, a formação e os recursos adequados para garantir um ambiente de trabalho seguro e produtivo. A eficácia das medidas de proteção e segurança, no local de trabalho, depende da capacidade da organização para as comunicar. Ao criar uma estratégia contínua de envolvimento dos colaboradores, complementada por recursos e formação, os RH podem associar-se ao departamento de Corporate Travel para manter os colaboradores informados e a par das políticas e protocolos de gestão de risco associados às viagens.
- Fornecer soluções tecnológicas integradas que possam ser acedidas pelos colaboradores em qualquer lugar e momento. Quando os colaboradores estão em viagem, as empresas têm de ter a capacidade, em caso de acidente, para os localizar e de comunicar rapidamente. Cada minuto pode potenciar o risco. Organizações que utilizam não só a tecnologia para trabalharem dados atualizados dos business traveler, assim como os serviços de monitorização e comunicação 24/7, estão mais tranquilas uma vez que sabem que podem apoiar e orientar os seus colaboradores em situações de crise.
Embora possam existir incertezas para as empresas, uma coisa é certa: os colaboradores querem e merecem sentir-se seguros com as suas deslocações. Os RH podem e devem desempenhar um papel fulcral no desenvolvimento e implementação de um plano que ajudará a tornar as experiências de viagens ainda mais seguras e menos stressantes. Sabemos que assumir a segurança dos colaboradores é complexo, pelo que estabelecer parcerias com entidade fidedignas (como a International SOS, por exemplo), é essencial para garantir um contato constante e alertar, de forma imediata, para um eventual estado de alerta.